terça-feira, 3 de junho de 2014

Rescaldo/Crítica do III Metting de Portugal vs Finalíssima

Pela primeira vez apresento-vos um rescaldo que não vai ter os resultados da prova, isto porque saí antes do fim da prova porque em primeiro lugar os meus cachorros não se portaram á altura e em segundo lugar porque este III Metting de Portugal foi uma vergonha para o nome da Federação Nacional de Galgueiros.
Esta crítica faço-a como sócia da AGS há cerca de 7 anos e pelo facto de ter sido a pior corrida de galgos a que assisti nestes anos de galgueira.
Começo em primeiro lugar pelas condições da pista, péssimas, terreno duro sem ter sido regado uma única vez o que proporcionou um ótimo espetáculo de pó, não só para os espectadores mas como para os próprios galgos que corriam atrás de uma nuvem de pó e não de uma pele. Concordo com o facto de terem corrido 6 galgos de cada vez visto que a prova teria bastantes cães inscritos, mas não era nesta pista, pista muito estreita para este tipo de boxes de 6, o que com certeza levou a muitos encontrões e algumas surpresas na linha de meta.
Relativamente ao decorrer da prova, houve bastantes surpresas para mim que até nem ando nisto há muito tempo, mas que foram surpresas bem desagradáveis. Falo sobre a reorganização das trelas em cima do joelho, após a desistência de alguns cães dessa eliminatória, o que nunca vi em lado nenhum e segundo sei não é isso que consta nos estatutos. Foi o que aconteceu com os meus cachorros, um deles já dentro da boxe para correr os quartos de final de repescagem, que era composto por 3 trelas de 5 cães, quando é anunciado pela mesa de júri que após a desistência de 3 cães da eliminatória, teriam de sair das boxes e ir para a carrinha aguardar mais uma hora mas agora para as meias finais. Qual a minha surpresa quando já com os 2 cachorros junto ás boxes, depois de uma hora, desta vez iam correr juntos a meia final, afinal tinha havido um engano e teriam de correr os quartos de final, novamente em separado, correu então um e o outro ficou mais uns minutos junto á boxe á espera da sua vez. Para cães nervosos, isto foi o "ideal", e ainda numa dessas eliminatórias houve um galgueiro que correu junto á pista antes da boxe ser aberta o que levou o meu cachorro assustar-se e nem correu, resposta do responsável da boxe aquando da minha reclamação - "Vá reclamar na mesa de Júri...".
Querem mais exemplos desta prova exemplar da Federação, cães destacados em primeiro lugar a meio da trela fazem-se a um papel ou um bocado de pele que se partiu, o cão que vai em último lugar passa em primeiro pois não via nada com a nuvem de pó e segue em frente e ganha a trela, pensam vocês que a trela foi repetida, NÃO... pois se calhar porque era um cão do Sul que vinha á frente e por aqui fico.
Foram várias as situações que me levam a dizer que esta Federação já está mais que ultrapassada e com isto passo para o tema da Finalíssima.
Ora então parece que este ano vamos ter um rácio de galgos importados e nacionais de 50% na finalíssima,  o que para quem tem o campeonato em separado talvez possa ter a sua lógica, agora para a AGS onde correm todos juntos não tem lógica nenhuma e passo a explicar melhor.
Em nenhum desporto os atletas se diferenciam pela nacionalidade mas sim pelo género masculino ou feminino, logo esta separação não tem qualquer razão de ser. Vamos então ao exemplo da AGS, este ano levamos o campeão de cachorros, 4 nacionais, 4 importados e o 10º cão vai estar dependente do vencedor da Taça do Centro, ou seja, se o vencedor for importado, o nosso cão do Sul vai ser nacional e vice versa. Mas que pouca vergonha é esta, mas então não pagamos cotas igual aos outros?? Temos de estar dependentes de outros para a escolha do nosso cão... Eu digo o que vai acontecer com isso, vão 4 importados que por acaso estão em primeiro lugar e até devem ser do mesmo dono e os cães nacionais que são muitos menos vão ser escolhidos na tabela de classificação até ao 15º ou 16º lugar ou mais. Digam lá se não é injusto para outro importado que por exemplo está em 5º ou 6º lugar, se não temos as categorias em separado não temos nada de levar essas percentagens de 50%, o que vai acontecer é que vamos levar cães mais fracos. Tenho a acrescentar que eu não tenho nenhum cão classificado nem a correr em adultos, mas vejo que estamos a ser descriminados por sermos menos, no entanto estamos com as quotas em dia e pagamos o mesmo que os outros. Por essa lógica até devíamos pagar menos, visto que estamos sempre a ser prejudicados e até levamos menos cães á finalíssima. Mereciam que lá fôssemos este ano mas não inscrevíamos os cães nem deixávamos ninguém correr. Já chega de ficarmos calados e sermos colocados de parte.